Ateliê Tauá Cerâmica Cris Rocha
a artista
e suas paixões
Cris Rocha começou no mundo da cerâmica como aluna de Heloisa Alvim, estudando em seu estúdio de 1977 à 1979. Em seguida, teve aulas com Eva Ilg por mais dois anos e com Elvira Schuartz, do Espaço Zero em São Paulo. Sua formação ainda contou com nomes como Afrânio Montemurro e Cecília Akemi, do Studio Terra Fogo. Foi aluna de Shoko Suzuki de torno manual e Kenjiro Ikoma em placas e torno de mesa.
Em 2001, Cris Rocha foi ao Japão representar o Brasil no IWCAT - The International Workshop of Ceramic Art of Tokoname. Na ocasião, se apaixonou pelas técnicas de queima à lenha, principalmente o anagama e o esmalte de cinzas.
Ao retornar ao Brasil, construiu seu próprio anagama na cidade de Artur Nogueira - SP. O forno foi inaugurado com um workshop internacional com a participação do ceramista Peter Callas, além de cerca de 70 ceramistas brasileiros de vários estados do país. O anagama realizou 14 queimas de grande sucesso e que contribuíram para diversos trabalhos de conclusão de curso (TCC) e teses de Mestrado da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.
Em 2002 retornou ao Japão para participar de uma exposição internacional na Kioegama Gallery, onde teve a oportunidade de vivenciar intensamente a tradição japonesa. No mesmo ano, recebeu o prêmio Acrilex durante a Mostra de Arte em Cerâmica Craft Brasil - Japão.
Cris expandiu seu alcance internacional ao expor seus trabalhos na Grécia em 2013, realizando oficinas em Atenas e Corfu. Em 2014, foi convidada como artista representante do Brasil em Hagen - Alemanha.
Entre 2015 e 2016, Cristina realizou um trabalho de resgate das obras de Akiko Fujita, ceramista japonesa de grande renome e com quem Cris teve aulas em sua formação. Nos anos 90, Akiko retornou ao Japão e seus trabalhos se encontravam abandonados no antigo ateliê, na cidade de Campinas-SP. O resgate teve vários desdobramentos, como uma exposição realizada uma exposição nos Jardins do SESC Campinas junto a outros ceramistas, bem como trabalhos coletivos refazendo a trajetória da artista. Algumas dessas obras hoje encontram-se no Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MAC, Museu de Artes Visuais – MAV e também no Jardins de Esculturas da UNICAMP.
Em 2019 representou o Brasil no 8th China Changchun International Ceramic Art Invitational Exhibition, onde também participou da premiação 1st Lianhuashan Cup Ceramic Art Contes, em que levou uma menção honrosa pelo trabalho apresentado.
Em 2020 foi selecionada para o Encontro de Ceramistas Latino Americanos Cachalqui no Vale Sagrado dos Incas em Pisac - Peru. No ano seguinte, em 2021, foi a vencedora do concurso A Xícara do Museu na categoria utilitária, promovido pelo Museu do Café em Santos – SP.
Em 2022 apresentou suas peças na V Bienal Internacional de Arte Contemporáneo de Argentina, realizada em Buenos Aires, e também no Universo Cerâmico, realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, evento em que conquistou o terceiro lugar na premiação.
Em 2024, ocupou o terceiro lugar no 3º Salão Ceramistas do Brasil.
Já organizou workshops com grandes nomes nacionais e internacionais, como Peter Callas, Kenjiro Ikoma, Rikio Hakudo Hashimoto, Lila Vasquez e Arlen Hansen dos EUA. Também participou durante três anos como voluntária do CCBRAS - Cerâmica Contemporânea Brasileira.
É integrante do Grupo Coletivo de Cerâmica - onde participa de exposições, workshops e demonstrações - e do Grupo Sou CerÂmica - em que realiza eventos com vários ceramistas paulistas -.